29 de out. de 2011

Funcionários - Deu chuchu no pau Brasil

Em minha primeira análise sai da esquina da Av. do Contorno com R. Inconfidentes, perto da praça Milton Campos, e desci até a R. Sergipe esquina com R. Bernardo Guimarães, passando pela Afonso Pena. Tentei observar o que não costumamos ver com o dia-a-dia.



Janelas, portas, cores e casarões foram o que eu mais notei de diferente no bairro. Por ser um bairro bastante antigo, começou a surgir dois anos depois da fundação da capital, existem diversos resquícios de casas ecléticas das décadas passadas, porém construções modernas são as predominantes. Algumas delas tentaram incorporar as casas antigas como fachada do prédio o que torna isso bem característico do Bairro.

Pelas pesquisas efetuadas durante o processo de montagem descobri que as janelas eram algo super valorizado nas décadas passadas. Elas representavam o poder que o dono da residência possuía. Quanto maior o número de janela que a cassa possuía maior era o poder econômico e social do dono da residência.

Outra descoberta é que ao contrário do que se é pensado hoje, pela maioria das pessoas, quanto mais no topo do morro, mais valorizadas eram as casas.

Ou seja, suas janelas e o posicionamento da casa eram o que demonstrava se o morador possuía ou não alto poder aquisitivo.








Com isso em mente comecei a pensar como seria feito o carro. Quais materiais usar..

Então cheguei à conclusão que seria um carro com base de papelão, que fosse um pouco mais duro. Fazendo o morro.

O interior dos prédios é feito de isopor, revestido por cartolina cinza. Representando a cor dos prédios modernos, que em sua maioria é monocromático o que gera um grande contraste se comparado com os casarões.

Para representar a entrada da modernidade no bairro. Coloquei as janelas que foram evoluindo com o passar do tempo. Elas representam a chegada da modernidade e a evolução do pensamento cultural da população.

O morro com as janelas é a representação de que com o passar do tempo a parte de baixo foi se tornando mais requisitada que a parte de cima e que antes a parte de cima era mais solicitada.



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