26 de out. de 2011

Que trem bão - Horto


Que trem bão

O ponto de partida para a disciplina de Cenografia foi a escolha de um bairro de Belo Horizonte. O Horto não foi minha primeira opção, mas como a proposta era trabalhar com um bairro que você não conhecesse, eu encarei o desafio (também porque tinha vontade de conhecê-lo). A primeira visita se deu num domingo, em que pude perceber muitos doas aspectos significativos do bairro, como apresentados na elaboração do 1º catálogo:














A segunda parte do nosso trabalho consistia em propor um carro alegórico, trabalhando volumetria e aplicando o mapeamento de forma carnavalesca.


Listei os aspectos que achei mais significativos do bairro para facilitar sua concepção (ou dificultar...):


A limitação era que o carro alegórico medisse, no máximo, 50 x 50 cm. Nos meus estudos, inferi que 30 x 40 cm era o mínimo com o qual eu podia trabalhar...


Partindo da história do bairro, ligada à ferrovia, a ideia base do carro seria representar um trem. O "Operário Ferroviário Esporte Clube", time de Londrina, que também carrega como herança as ferrovias, saía as ruas da cidade em um carro alegórico (uma maria-fumaça) antes das partidas a fim de chamar e motivar os torcedores a ir ao estádio.


A ideia de usar uma planta de jardim ou grama foi inspirada no desfile da escola Os Democratas, que desfilou A maçã — de fruto proibido à estrela do espetáculo recriando o Jardim do Éden, com grama natural.


Essas duas referências foram embasadoras para a concepção do meu carro alegórico. A partir delas foram surgindo estudos de volumetria e ícones característicos dos aspectos mapeados do bairro (os quais eu queria evitar) e assim, as primeiras ideias:





A proposta inicial para o carro alegórico ainda estava muito (muito!) figurativa, porque eu me apegava a todas as características do bairro, querendo representá-las.


Praticando o desapego, suprimi (sem sofrer) vários itens do carro, além de readequar algumas escalas e então, tchan, tchan, tchan, tchan... ele finalmente ficou pronto e tomou a seguinte forma:


A base e as laterais do carro foram construídas em madeira (compensado) e coladas com cola quente. A arte lateral, que simboliza o graffiti que rodeia o bairro pelas vias de acesso, foi feito com cola colorida e aplicada diretamente no compensado. Também foram colados com cola quente os rodízios, que permitem o deslocamento do carro, em sua parte inferior. A grama sintética foi colada com cola quente (essa cola quente, viu, que invenção maravilhosa!!!), e foram colocadas pedrinhas brancas que formam um caminho (como as ruas de cascalho no Horto).


Os vagões foram feitos com dobradura e colagem de Papel Color Plus preto 200g. As rodas são botões e existem nas laterais uma linha curva azul, em sianinha (como a da Estação Horto).


Fumaça da locomotiva: algodão + cola colorida preta
O suporte dos vagões foi feito com um arame embutido dentro do canudinho de refrigerante branco e colado na base de madeira com cola quente.


Tijolinhos: Papel Craft
Máscaras: Papel Color Plus azul e amarelo 120g


Moça varrendo a calçada domingo de manhã: EVA branco + cola colorida vermelha
Vassoura: Palito de dente + Canudinho de refrigerante verde


Jardim: Flores permanentes


Laços de amizade e solidariedade: EVA branco e verde + cola colorida vermelha, amarela, azul e preta


Roupas secando no muro: Palito de dente + Barbante + Fita

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